Aprendizados de 2023 no papel de CEO
- luanagabrieladap
- 21 de nov. de 2023
- 3 min de leitura
Assumi o papel de CEO da Tribo, uma consultoria de Desenvolvimento Humano e Organizacional, há menos de 1 ano. Inicialmente, fui designada de forma "interina", ou seja, passei por um período de teste para entender se realmente faria sentido esse ciclo para mim e para a empresa. A Tribo faz parte do Grupo Anga, a Holding que a contém. Empreendo no Grupo Anga desde a fundação em 2016. Em 2019, tornei-me a primeira mulher no quadro de sócios. Ao longo desses 8 anos empreendendo este Grupo, assumi muitos papéis/cargos e trabalhei em diversas áreas, liderando decisões, gerenciando projetos estratégicos e orientando pessoas por meio da minha liderança. Também estabeleci relacionamentos com muitos clientes, parceiros, investidores e pessoas que me acompanham desde então.

Estava de licença maternidade quando aceitei o chamado para liderar. Inesperadamente, pois estava vivendo uma nova - e bem especial - fase pessoal e nem imaginava (por mais que fosse um caminho natural) que esse seria meu retorno ao mercado de trabalho. Portanto, em 2023, estar à frente de uma empresa com um propósito tão genuíno, "evoluir a forma de se fazer negócios para evoluir a sociedade", trouxe-me muitos aprendizados, que quero compartilhar com vocês:
COOPEERE com o inevitável e FLUA com o processo: Há momentos em que nem o plano A, nem o plano B e nem o C dão certo. Nessas horas, coopere com o que está se manifestando e flua com o processo. Ficar resistindo, criticando, reclamando quando algo não está como o planejado vai drenar sua energia, tornando quase insustentável seguir com as outras diversas decisões que precisa tomar ao longo do dia.
Tome decisões difíceis e saiba que o COMO é o mais importante: Durante o ano, precisei lidar com decisões extremamente complexas e difíceis. Algumas delas não eram exatamente o que gostaria de fazer, mas eram necessárias pensando no todo. Partindo desse ponto, de que era a melhor decisão, meu grande aprendizado é prestar atenção ao modo de agir. Presto atenção ao modo de falar, às palavras que vou usar, à antecedência da comunicação, ao contexto da decisão. Percebo que, para decisões racionais, em que existe uma lógica por trás, as pessoas, por mais afetadas que sejam, compreendem a situação se for abordada de um lugar transparente, verdadeiro e amoroso. Sim, uma demissão pode ser feita de forma amorosa! Aprendi que isso é possível.
Liderança estratégica faz PAUSAS estratégicas: Nesse ano extremamente turbulento, questionei muito minha capacidade, minhas decisões, meu contexto e diversas coisas. Acredito que qualquer ser humano passa por conflitos internos ao estar influenciando e liderando empreendimentos. Muitas vozes ficam na nossa cabeça. Qual ouvir? Aprendi este ano que a melhor voz para ser ouvida é aquela que vem de dentro, de dentro da nossa essência. Essa voz só é ouvida quando nos permitimos momentos de autopercepção, autoreflexão. PAUSAS. Liderança estratégica faz pausas para compreender sua leitura de si, do outro e do todo. Isso me ajuda e me traz confiança no aqui e agora. Diversas vezes repriorizo a rota, direciono o time a dar mais atenção para determinadas temáticas, etc.
Um trimestre pode parecer um ano, portanto viva UM DIA DE CADA VEZ: Não sei como é o ambiente organizacional por aí. Por aqui, tudo é muito dinâmico e intenso. Em um trimestre, muitas coisas acontecem. Projetos entram, projetos finalizam. Clientes novos, parceiros novos, processos revisados, resultados, indicadores mais estratégicos. Quando olhamos para o filme, percebemos que em três meses muita coisa aconteceu. Quando olhamos para a fotografia do dia, pode ser que isso nos desespere, desanime, e dessa forma entender a importância de cada dia para a construção do todo faz muita diferença. Perceber que são as pequenas entregas do dia, que fazem as grandes entregas do ano acontecer. Isso me trouxe uma paz interior muito grande e me fez celebrar mais as pequenas conquistas do dia.
A liderança muitas vezes é um lugar solitário, mas não deve ser assim. Nos colocamos nesse lugar, por querer ser forte e amortecer todas as dúvidas, medos, julgamentos, inseguranças, críticas. As vezes amortecer tudo isso não de alguém mas sim de nós mesmos. Isso foi algo que percebi muito forte em 2023. A pessoa que mais cobra um resultado inalcançável para o negócio sou eu mesma. Como posso ser tão autoexigente e tão compreensiva com o outro? Nesse ano cheio de provações me dediquei e estou me dedicando a colocar atenção ao meu universo interior. Conhecer melhor meus espaços internos, percorrer o caminho que as vozes me levam, não negociar meus inegociáveis, enfim… apenas dedicando um tempo ao caminho evolutivo da verdade. Quanto mais invisto tempo no meu autoconhecimento, mais consigo ser uma pessoa melhor para mim mesma e para quem está ao meu lado. Sendo uma pessoa melhor, consigo naturalmente ser uma liderança mais assertiva, harmônica e realizadora.
Escolha investir em seu autodesenvolvimento e viverá uma vida com mais realizações!
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