Saúde financeira também é autocuidado. E saber disso muda tudo.

Comecei a trabalhar cedo. Com 15 anos, já ganhava meus primeiros dinheiros — às vezes como recepcionista em casamentos, formaturas, eventos corporativos… outras vezes como modelo em desfiles, campanhas, comerciais.

E logo entendi que, se eu quisesse viver com mais autonomia, precisava cuidar bem do que entrava… e, principalmente, do que saía.

Na época da faculdade, eu anotava tudo:a esfirra da tarde, os R$2,50 da xerox, o dízimo, as alfaces da feirinha.

Tinha um caderninho que me acompanhava pra todo lado — porque naquela época, era tudo no dinheiro vivo. E a chance de esquecer pra onde ele ia… era bem grande (rs).

Em 2013, desejei fazer um intercâmbio.Fui atrás, fiz pesquisa, calculei tudo.Pedi ajuda pro meu pai. Ele disse que não podia.

Doeu.

Mas foi ali que eu aprendi uma das lições mais importantes da minha vida:

Se eu sentia que merecia viver aquilo, eu precisava encontrar formas concretas de realizar.

E encontrei. Planejamento, disciplina, confiança interna. (Teimosia também. Mas daquelas que nos empurram pra frente.)

Mas o que eu quero mesmo compartilhar é o que veio depois.

Em 2020, no meio da pandemia, eu e o Edu decidimos aprofundar nossa relação com o dinheiro.

Começamos a registrar tudo. Anotar os gastos, cruzar com as receitas, conversar sobre cada decisão.Tudo na mesma planilha. Tudo com a mesma intenção.

Com o tempo, organizamos categorias, criamos gráficos, construímos dashboards (sim, eu me empolguei 😅). E essa rotina foi se tornando mais do que uma planilha.

Virou ritual.Virou conversa.Virou ponte.

Fomos ficando mais estratégicos. E também mais íntimos.Porque a forma como lidamos com o dinheiro diz muito sobre o que a gente valoriza, o que a gente teme, o que a gente deseja.

Esse cuidado nos deu base pra tomar decisões importantes de vida e carreira:

minha transição societária em 2023,

a mudança de rumo do Edu em 2024,

e o mais importante — a coragem de sonhar o longo prazo com presença, liberdade e intenção.

Porque saúde financeira não é só sobre cortar o cafezinho.É sobre entender o valor das escolhas.É sobre criar espaço pra viver o presente com leveza…e construir o futuro com propósito.

Escrevo isso agora porque acabei de fazer meu ritual de fechamento do mês — o de março.

Passei tudo pra planilha: receitas, despesas, categorias, padrões…Reparei onde estamos investindo mais, o que se repetiu, nosso custo fixo, os sinais que a vida deixa nos números.

E me peguei pensando:Será que mais pessoas percebem o quanto dinheiro e bem-estar estão conectados?

Porque, vamos pensar com carinho:quantas das nossas ansiedades, estresses, noites mal dormidas… têm a ver com dinheiro?

Foi aí que tudo fez ainda mais sentido pra mim: dinheiro também é energia.

E como toda energia, ele pede fluxo. Pede consciência. Pede presença.

É por isso que hoje estudo saúde em sua forma mais ampla.

Uma saúde que não cabe só em exames médicos ou na esteira da academia.Mas que transborda nas decisões que tomamos, nas emoções que sentimos, na forma como consumimos, nos vínculos que nutrimos.

Uma saúde integral. Que inclui, sim, a forma como lidamos com as nossas finanças.

Se tudo isso que compartilhei aqui acendeu alguma coisinha aí em você…Se te deu vontade de começar (ou continuar) a olhar pra sua saúde financeira com mais carinho…me escreve.

Me conta.

Tenho uma planilha simples, feita com intenção, que pode ser um primeiro passo.

Se quiser é só me mandar um alô nos contatos.

✨ Como você percebe a conexão entre saúde financeira e bem-estar?